Cuidados paliativos e os florais de Bach

Os florais de Bach podem ser grandes aliados de doentes e suas famílias no contexto dos cuidados paliativos.

Proporcionar conforto e bem-estar para que a existência seja aproveitada de maneira digna. Essa é a proposta dos cuidados paliativos, uma abordagem multidisciplinar que lança mão de diferentes recursos para proporcionar o alívio e a paz quando a vida está comprometida. Nesse post, Ana Maria Uliana, psicóloga e terapeuta floral, compartilha conosco sua experiência profissional nos cuidados paliativos.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde:

 “Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais” (WHO, 2002).

Portanto, cuidados paliativos não são uma sentença final. Pelo contrário: eles representam o estímulo ao que deveríamos fazer sempre: viver da forma mais plena que pudermos, com qualidade, amor e dedicação nessa rápida jornada terrena como diz Dr. Bach:

[…] precisamos perceber que a curta passagem por esta Terra, passagem esta que chamamos de vida, é apenas um momento no curso de nossa evolução, assim como um dia na escola está para uma vida, e embora possamos agora apenas enxergar e compreender esse único dia, nossa intuição nos diz que nosso nascimento está infinitamente longe de nosso início, e a morte está infinitamente longe de nosso fim. Nossas Almas, que na verdade somos nós, são imortais, e os corpos, de que temos consciência, são temporários; apenas cavalos que guiamos durante uma jornada, ou instrumentos que utilizamos para realizar uma tarefa.

Dr. Edward Bach, Cura-te a Ti Mesmo, p.21

O processo dos cuidados paliativos exige bastante de todos os envolvidos, principalmente sobre a relação saúde-doença. Dr. Bach diz no livro Cura-te a Ti Mesmo (p.63) que “…a própria doença é, em si mesma, benéfica e atua sob a orientação de determinadas leis voltadas à produção de um objetivo final e no sentido de exercer pressão contínua rumo à perfeição.” Como podemos compreender melhor essa consideração feita por Dr. Bach nos momentos mais desafiadores dos cuidados paliativos?

Na vida, a nossa saúde é nosso maior tesouro, nosso bem mais precioso que muitas vezes negligenciamos, sem estarmos atentos como ela está em todos os sentidos: física, mental, emocional e socialmente. Segundo a Organização Mundial de Saúde, saúde é “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”.

Cuidamos para não ficarmos doentes. No entanto, ainda assim, podemos adoecer a qualquer momento e a doença vem para nos fazer refletir sobre como estamos vivendo nossa vida. Segundo Dr. Bach, quando adoecemos estamos em desequilíbrio energético, gerado pelo conflito entre o que nossa alma veio fazer, isto é, qual o nosso propósito de vida e nossa personalidade, quais fatores emocionais estão desencadeando esses sintomas de doenças no nosso corpo, o que eles querem nos dizer, onde precisamos estar mais atentos na nossa vida para voltarmos ao estado de equilíbrio e saúde.

Mas como ficam aquelas doenças que não necessariamente foram causadas por fatores externos?

É claro que sabemos que há questões genéticas, uma alimentação comprometida com agrotóxicos, a poluição das grandes cidades, entre outros fatores que desempenham um papel importante na saúde. Mas para o Dr. Bach, é fundamental entendermos o que a doença quer nos dizer. Caso contrário, continuaremos a adoecer, entrando sempre em padrões de desequilíbrio que poderão se tornar crônicos e sem volta, como doenças que ameaçam a vida e necessitarão de cuidados paliativos.

Antes de tudo, qualquer doença, seja ela física ou mental, traz consequências na vida, consciente ou inconsciente, abrangendo não só a nós, mas todos a nossa volta. Muitas vezes, ela traz traumas, medos, pânicos de não sabermos como agir, durante e após sua manifestação. Consequentemente, os envolvidos naquele contexto desenvolvem insônias, depressão, culpas por não se ter evitado que ela se manifestasse. Neste momento, procuramos ajuda de outros profissionais da saúde como psicólogos, ou nas práticas integrativas e complementares em saúde, dentre elas os florais de Bach, que são essências vibracionais que trabalham nosso equilíbrio através das flores, nos trazendo bem-estar físico, emocional, espiritual e mental. Inclusive, desde 2018, a terapia de florais faz parte das 29 práticas do SUS, de maneira complementar, não substituindo medicamentos ou tratamentos indicados pelos médicos.

Como é trabalhar com os florais e pessoas que passam pelos cuidados paliativos? Você pode nos explicar com algum exemplo?

Eu atendo há mais de 25 anos com a Terapia Floral e pude observar como os florais tem ajudado as pessoas com câncer, HIV/Aids, com transtorno do espectro autista (TEA), bem como no pânico, depressão, medos, traumas e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). Entre vários atendimentos que fiz nestes anos, teve uma senhora com câncer que estava em pânico, insegura para fazer a cirurgia da retirado do nódulo no seio. Ela começou a fazer a terapia e tomar os florais. Em pouco tempo já estava muito confiante para fazer a cirurgia. A sua recuperação, por sua vez, foi excelente, continuou com os florais por muito tempo e hoje está de alta. Mas sempre que sente necessidade volta ao consultório. Trabalhamos os medos, traumas, insegurança, culpa, coragem, esperança e insônia.

Como foi esse tratamento? Pode nos contar quais essências e técnicas utilizou?

Com os florais de Bach eu indiquei algumas essências durante o tratamento como: Mimulus, Rock Rose, Aspen, Olive, Star of Bethlehem, Pine, Gorse, White Chestnut, Mustard e Larch. Além da indicação dos florais eu costumo trabalhar outros métodos com os clientes em tratamento como meditação guiada. Do mesmo modo, busco desenvolver alguns trabalhos que contribuam para melhorar sua autoestima e confiança, fazendo com que eles se sintam úteis e inseridos no contexto biopsicossocial.

Isso significa que, quando o cliente sente que nem tudo está perdido, que ainda há uma luz no fundo do túnel, ele começa a criar esperança de viver e modificar sua vida, seus hábitos. Ou seja, aceitar esta nova maneira de viver a vida, contribui para seu bem-estar e o estimula a fazer a sua parte para tornar seu dia a dia melhor.

E a família e amigos? Como as pessoas próximas podem lidar melhor quando estão na situação de alguém que amam passar pelos cuidados paliativos?

O adoecimento de alguém da família, sempre preocupa o núcleo familiar e amigos, pois ninguém está preparado para lidar com essas situações muitas vezes graves. São momentos em que devem ser tomadas decisões rápidas e assertivas. Ao mesmo tempo, os familiares também precisarão de acompanhamento, seja médico ou psicológico. Normalmente, junto com a doença de um membro da família surgem os problemas financeiros, sociais e profissionais. Dessa forma, essas questões podem contribuir para o agravamento da doença e o desenvolvimento de outras no seio familiar, podendo também, aumentar sua dor física e emocional por ser ele o responsável pelo que vier a ocorrer.

Os cuidados paliativos com relação a qualquer situação devido a doença, devem ser desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar para melhor apoiar o doente e seus familiares. Cada membro tem um comportamento diferente. Por exemplo: uns irão aceitar mais facilmente, outros não. Nesse momento, é de grande importância o doente se sentir amparado pelos familiares. Além disso, essa conduta irá contribuir para que haja uma estabilidade ou até mesmo uma melhora no seu quadro de saúde.

Sendo assim, o apoio emocional é muito importante ao doente, que muitas vezes está desistindo da vida mesmo antes de ter um diagnóstico fechado da sua doença. Em outras palavras: ter esperanças, se sentir cuidado, amado, querido, saber que tem pessoas que gostam dele, que se importam com a sua presença no meio familiar e social, faz com que ele tenha vontade de viver. Acima de tudo, na vida sempre acontecem milagres.

Tem mais alguma consideração que você queira fazer do que poderia ajudar a todos que passam ou passarão por este desafio?

A princípio, o Amor é e sempre será um ato de curar. Ele é o remédio que nasce dentro do nosso ser, nos proporciona sempre bem-estar e saúde, e sobretudo, promove a integração, o equilíbrio e a harmonia entre corpo, mente e o espírito. Todos nós temos este sentimento. Contudo, muitas vezes não sabemos como expressá-los e isso pode ser devido a traumas, medos, timidez… Por isso, quando o ser humano conseguir perceber dentro dele o que está o impedindo de manifestar este ato, ele conseguirá ter uma qualidade de vida melhor. A paz, o amor e a felicidade passarão a fazer parte de sua vida e, estando em equilíbrio, a doença não se manifestará.

Foi essa a conclusão que Dr. Bach chegou na década de 1930, observando o comportamento das pessoas e as doenças que vinham a desenvolver. Os medicamentos da época nem sempre conseguiam que os seus pacientes ficassem curados, pois ainda que eles desenvolvessem o mesmo tipo de doença, seu comportamento e resposta ao tratamento eram diferentes. Assim, ao contemplar na natureza as plantas, como elas se desenvolviam, ele começou a estudar e preparar as essências florais. A partir disso, ele passou a oferecer a seus pacientes um remédio diferente. E desse modo, ele cuidava da pessoa como um todo e não nos sintomas da doença manifestada.

Veja abaixo a lista de florais citadas pela terapeuta que auxiliam no contexto dos cuidados paliativos:

Mimulus: confiança e empatia para enfrentar meus medos

Rock Rose: coragem e clareza mental para lidar com momentos de terror e pânico

Aspen: estabilidade e confiança para o que não consigo compreender

Olive: recuperar minhas forças após muita dedicação e cuidados próprios ou a alguém

Star of Bethlehem: resgatar a paz e aliviar a angústia de traumas antigos ou atuais

Pine: clareza das minhas responsabilidades, perdoar-me e aceitar meus erros

Gorse: renovação e otimismo para que nos momentos mais desafiadores eu não abandone a esperança

White Chestnut: alívio para o estresse mental, atenuando pensamentos repetitivos que me impedem de descansar e me restabelecer

Mustard: recuperar meu ânimo e bem-estar nos momentos que a tristeza se abater em mim

Larch: confiança na minha capacidade de realizar tudo que eu acreditar

Sobre a terapeuta:

Ana Maria Uliana atua com terapia de florais há 20 anos, ministra cursos e palestras em vários Estados.

Facilitadora dos Florais de Bach pela Healingherbs da Inglaterra

Professora credenciada dos Florais de Minas de Itaúna-BH,

Practitioner Florais Saint Germain

Administradora de Empresas

Psicóloga CRP 15/3450

Pós-graduada em Psicologia Hospitalar

Pós-graduada em Psicologia do Trânsito

Graduanda em Neuropsicologia

Graduanda em Análise do Comportamento Clínico em ABA

Terapeuta Holística pela UNIPAZ

Atendimentos:

Harmony Medical Center

 Rua Dr. José Afonso de Melo, Nº 68, Sala 418

 Maceió, AL – CEP: 57036-510

  (82) 99949-0322

  E-mail: anauliana@yahoo.com.br

  @floraisanauliana (Instagram)

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