Reflexões sobre o agora
Por que não se reconectar com o presente e aproveitar a vida plenamente?
Você já parou para pensar sobre a complexidade de viver no presente? Muitas vezes, nos distraímos com pensamentos sobre o passado ou o futuro, perdendo a conexão com o agora. A apatia, a repetição de erros e a falta de atenção estão entre aquelas situações que nos afastam da experiência plena da vida. A proposta desse post é encorajar uma análise profunda de nós mesmos e das barreiras que criamos, para que possamos realmente vivenciar o momento presente e aproveitar ao máximo a única vida que temos.
Vivemos no presente, não é? Estamos aqui, não estamos? Nem sempre! Podemos argumentar que sim. Afinal o presente deveria ser o que estamos vivendo, agora. Mas, estamos no agora? E, quando estamos, lidamos bem com isso?
Se somos desligados e desatentos, se nossas cabeças estão no mundo do faz-de-conta, se ficamos pensando em coisas que queremos realizar, mas não realizamos, mergulhados num mundo próprio, o agora não existe.
Se vivemos pensando no passado e no que outrora foi realizado, apegados ao que jamais retorna, o agora nos abandona.
Se estamos sem força para realizar as tarefas do dia a dia por ficarmos exaustos, em razão de muito termos trabalhado ou passado por muito sofrimento, o agora é um patrão a quem não aguentamos mais nos submeter.
Se o pensamento é nosso dono e nos engolfamos em ideias fixas e indesejáveis o agora se transforma em uma máquina de pensar.
Se cometemos os mesmos erros, sempre e sempre, não analisamos no agora as experiências passadas, para que aproveitemos o que de bom houve, e não mais repitamos o que não mais nos serve.
Se sentimos profunda tristeza que não sabemos de onde vem o agora se torna um inimigo do qual procuramos nos livrar através da fuga e da não ação.
Se estamos apáticos e nada nos motiva a agir, pois “somos assim mesmo” e o agora é algo com o que devemos nos conformar. Somos simulacros do viver.
Então viver no presente não é tarefa das mais fáceis. Vamos começar a analisar quem somos nós e como vivemos o presente. Vamos pegar a porca pelo rabo, arregaçar as mangas, botar os pingos nos is. Vamos encarar nossa vida e perceber onde boicotamos nossa capacidade de estar presente na única vida que temos, pelo menos dessa forma, neste hoje, neste aqui.

Mariza Ruiz é escritora, contoterapeuta e terapeuta floral.
É também autora do do livro Florais de Bach: da teoria à prática.