A importância das cores nos florais de Bach

Qual a importância das cores das flores para Bach?

As cores das flores para Bach

Qual o estímulo que uma flor de cor vermelha provoca? E o que uma flor com pétalas de cor creme pode trazer como informação? Quando consideramos as cores nos florais de Bach e a escolha das plantas feitas pelo criador do sistema, percebemos que esse atributo também colabora na qualidade da essência floral.

Quando  o Dr. Bach escolheu as flores para compor seus 38 florais, podemos apenas imaginar o que havia de mais importante em seu pensamento. Sabemos que a intuição teve um papel muito importante em suas decisões. E é bastante compreensível: o gesto e o padrão de crescimento das plantas nos dão muito mais informações do que imaginamos.

Assim, Impatiens tem estrutura forte, clara e ereta; já Clematis tem uma estrutura difusa e lânguida. Mas leia cuidadosamente o que o Dr. Bach fala sobre Impatiens. Já no início, ele escreve: ‘apenas flores de tom malva devem ser usadas’. Portanto, em 1930, ele já optava pelas flores de tom malva em detrimento às de tom mais avermelhado e escuro. E por que isso é importante?

Sabemos que no espectro eletromagnético a luz visível vai da cor violeta à cor vermelha, ao mesmo tempo em que a cor vermelha tem uma frequência menor do que a violeta, índigo e azul. Como vemos a cor da luz refletida, podemos concluir que a luz mais rápida é absorvida em uma flor vermelha e, inversamente, em flores azuis, a faixa mais lenta de luz é absorvida. Então, quando Bach escolheu as flores de Impatiens de tom malva mais pálido, talvez ele esteja apontando para a velocidade da luz refletida nessa escolha. Certamente a velocidade é um fator relevante na personalidade do tipo Impatiens. Será que isso tem algum significado importante para nós como usuários dos florais de Bach?

Além do vermelho

Vamos voltar um pouco atrás e pensar nas cores das outras flores que Bach escolheu. Por exemplo Agrimony, Mimulus e Rock Rose são todas de cor amarela. A cor amarela está situada exatamente no meio do espectro de luzes visíveis. Cerato e Chicory são azuis, a luz refletida na extremidade mais próxima aos raios gama. Por outro lado, Red Chestnut e Wild Rose estão na outra ponta com a luz refletida mais perto da cor infravermelha, que é mais lenta. Clematis, Star of Bethlehem, Cherry Plum e Holly são todas de tom branco e absorvem pouca luz, já que a refletem por completo, assim como a cor preta absorve tudo. Com Holly isso é muito importante, já que Holly, como floral, precisa ver e absorver mais luz da nossa escuridão pessoal repleta de ódio e negatividade.

Neste momento estou tomando um copo de chá de rosa mosqueta e hibisco. A cor é vermelha forte e profunda. Em termos de luz visível, sugere que refletiu a energia vermelha mais lenta e absorveu a parte mais rápida do espectro: isto pode refletir a energia que fornece as propriedades que dizem que este chá tem. Usar cores vermelhas com certeza traz informações importantes para quem as usa e também para quem vê.

A importância das cores das flores nos florais de Bach

As informações que as cores carregam

Em termos de essências florais, esta questão de cor talvez traga mais informações significativas. Dizem que a luz vermelha pode ser ativa e atraente para quem a enxerga, como o calor do fogo que nos ilumina. A luz azul é recessiva e parece desaparecer, como a luz do céu azul. Dizemos que a cor azul é uma cor fria, enquanto a cor vermelha é estimulante. Isto indica que Cerato e Chicory (nos dois casos, as flores são azuis) são recessivas, em termos relativos. Ou podemos dizer que se referem a alguém mais introvertido, cuja energia é mais internalizada. As flores brilhantes de Honeysuckle, por outro lado, podem ser consideradas mais estimulantes e ativas; elas nos ajudam a nos manter conectados com o presente, em vez de nos agarrarmos ao passado com memórias de uma época mais feliz.

A direção do curso em termos de energia é instrutiva para os florais de Bach. Assim, a cor malva pálida de Vervain e de Water Violet indicam um processo mais refletivo. Por outro lado, Red Chestnut, indica uma energia em movimento em sua direção. Bach descreve Red Chestnut (Aesculus carnea) como um floral indicado quando os nossos medos são projetados em direção aos outros. Há um contraste claro com o seu “primo” floral White Chestnut (Aesculus hippocastanum), que é predominantemente branco, o que indica uma energia mais internalizada – uma postura autorreflexiva e autoabsorvida.

É correto acrescentar apenas que a cor de White Chestnut não é tão simples. Quando ela desabrocha, a flor branca tem o centro pequeno e de tom amarelo claro. O amarelo está mais perto do branco neste caso. Mas quando a flor é polinizada, o amarelo adquire um tom laranja que varia até o vermelho profundo. Em termos de essência floral, isso indica a ação de reverter a direção da energia da luz, tirando o indivíduo da autorreflexão e o levando para o envolvimento com a vida externa.

Como traduzir essa informação?

Como podemos usar essa informação? Cada um de nós é carregado com um sistema energético. Podemos ler as condições dessa energia no modo como interagimos com os outros, embora geralmente seja mais fácil ler os padrões energéticos de outras pessoas do que os nossos próprios padrões. Mas notem que aprender a entender a nós mesmos é o propósito  principal de tomar os florais de acordo com o Dr. Bach. Se eu estiver autoabsorvido, a minha energia será internalizada. Podem ser os pensamentos de White Chestnut que circulam pela minha mente. Mas também pode ser a atividade energética de Agrimony onde eu procuro a companhia de outras pessoas para evitar a introspecção. As pessoas do tipo Impatiens direcionam e externam intencionalmente sua energia. Já as pessoas do tipo Clematis internalizam sua energia.

Seria possível fazer uma lista com todos os 38 florais de Bach e agrupar aqueles que irradiam energia, aqueles que estão equilibrados, em termos gerais, e aqueles cuja energia é internalizada. Você pode tentar isso consigo mesmo. Se você acrescentar à lista de cores das flores a posição no espectro visível poderá notar  algumas relações bem interessantes.

Por fim, uma outra coisa que é importante mencionar: quando fazemos as tinturas-mãe, é a luz do sol agindo sobre a cor das flores que transfere à água de nascente as informações contidas naquela flor. A cor e a forma das flores são a chave.

Se quiser ir mais longe no caminho das cores dos florais de Bach, inscreva-se no curso Cor, luz, sombra e os 4 elementos: a influência destes padrões na natureza sutil dos Florais de Bach ministrado pelo Julian sobre o assunto.

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