A originalidade do Dr. Bach

Você já parou para pensar ou já se questionou sobre o que torna os florais de Bach de um fabricante melhor ou mais importante do que os florais de outro fabricante? Um produtor do sistema floral Bach pode dizer: “Eu sou o melhor”; outro pode argumentar: “Nós somos os genuínos, os verdadeiros”; outro, ainda mais audacioso, pode contra-argumentar: “Não, nós é quem somos os originais”.

Setenta e oito anos após a morte do Dr. Bach, essa questão continua sendo revisitada e todo burburinho que se cria em torno dela acaba confundindo as pessoas. A fim de jogar luz sobre ela, Julian Barnard escreveu este artigo.

Para esclarecer, precisamos refletir sobre o que significa ser original. O termo faz referência à origem, o momento quando algo foi criado. Partindo desse princípio, apenas os florais preparados pelo próprio Dr. Bach na década de 1930 podem ser considerados originais. O melhor que qualquer um de nós, fabricantes de florais de Bach, pode dizer é: “Preparado de acordo com as instruções originais do Dr. Edward Bach”. Isso significa dizer: são florais de Bach originais.

Nesta era de patentes e marcas registradas, é praticamente inconcebível que uma pessoa ou uma empresa deixem sua descoberta totalmente disponível. As descobertas resultam de pesquisas, que exigem investimentos, os quais, por sua vez, pedem lucros. No entanto, nos últimos 100 anos muitas pesquisas originais foram publicadas em nome da ciência. Reflexo do nobre desejo de compartilhar o conhecimento visando o benefício público. Isso, até onde sabemos, era a única motivação do Dr. Bach e o desejo dele de dividir livremente as suas pesquisas na medicina.

Ele escreveu em Cura-Te a Ti Mesmo sobre aqueles que “abandonam seus próprios interesses em benefício da humanidade” (capítulo 4) e sobre os “verdadeiros médicos que trazem em seus corações o amor pela humanidade” (capítulo 1).

Por outro lado, há muito tempo se diz também que os médicos não devem fazer propaganda de seus serviços. Isso faz parte do código de conduta profissional. No dia 24 de novembro de 1932, um pequeno anúncio circulou em um jornal inglês. Ele chamou a atenção do Conselho Geral de Medicina, que escreveu para o Dr. Bach – a carta pode ser lida no capítulo 15 da obra As Descobertas Médicas de Edward Bach (editora C. W. Daniel, 2004), de Nora Weeks (enfermeira que o acompanhou durante seu período de descobertas e que documentou parte de seu trabalho e escreveu a biografia dele). Sem dúvida, o anúncio foi concebido para chamar a atenção do público para a obra Cura-Te a Ti Mesmo. Bach também havia publicado recentemente Liberte-se (Coletânea de Escritos de Edward Bach). Talvez isso interessasse apenas aos acadêmicos se não fosse por um fato: em Liberte-Se o Dr. Bach descreve claramente como preparar os 12 florais pelo método solar.

Ele incentivou as pessoas a prepararem seus próprios florais. No ano seguinte, ele publicou uma explicação mais detalhada, e assim fez com suas descobertas em cada nova edição. Ficou claro que Bach queria que outras pessoas encontrassem as plantas e preparassem seus próprios florais. E essa ideia perdurou por mais 40 anos depois de sua morte, em 1936. Nora Weeks e Victor Bullen lançaram em 1964 o livro Os Remédios Florais de Bach: Ilustrações e Preparo (editora C. W. Daniel), que explica como preparar os florais e identificar as plantas usadas.

Quando tudo mudou

Essa liberdade de criação dos florais foi tolhida a partir de 1979, quando as primeiras marcas registradas surgiram, seguidas de uma campanha para limitar o acesso livre nessa área. De fato, em 1983, a descrição feita pelo Dr. Bach de como preparar a essência-mãe foi extraída de sua obra Os Doze Curadores & Outros Remédios (Coletânea de Escritos de Edward Bach). Dez anos depois, a companhia Bach Flower Remedies Ltd foi vendida para a companhia A. Nelsons Ltd, que era ainda mais vigorosa na “defesa” das marcas registradas e das informações relacionadas às descobertas feitas pelo Dr. Bach.

A Healingherbs foi criada em 1988 e logo ficou claro que, para defender os direitos de preparar e escrever sobre os florais de Bach, era necessário obter o registro das marcas registradas em nome do Dr. Bach. A conquista veio em 2000, no tribunal Superior de Londres. Depois disso, todas as declarações ou reivindicações de exclusividade com relação ao nome “Bach” acabaram.

Às vezes, tenta-se rastrear a origem comercial de um produto ou processo até seu criador. O Dr. Bach ensinou Nora Weeks; Nora Weeks ensinou Nickie Murray (curadora do instituto Bach Center nas décadas de 1970 e 1980); Nickie Murray me ensinou. Mas já que o Dr. Bach ensinou livremente todo mundo, isso não é tão importante. Em setembro de 1936, ele escreveu:
“Deus ficou feliz por oferecer esses remédios às pessoas; pois tamanha é sua simplicidade que as pessoas podem encontrar e preparar seus próprios remédios e curar a si mesmas e umas às outras de suas adversidades”.
Se não houver uma “única fonte” e muitos produtores potencialmente autênticos, a declaração de originalidade não é válida. Então o que o cliente pode fazer, se ele não puder acreditar na propaganda?

Na Healingherbs, seguimos as orientações abaixo:

  • Somos claros e honestos sobre quem prepara as essências.
  • Somos claros sobre o processo de produção.
  • Não fazemos declarações superficiais sobre quem somos ou o que fazemos.
  • Nosso trabalho se baseia em conhecimento, expertise e mais de 25 anos de experiência.

Os florais de Bach da Healingherbs são classificados no Reino Unido como alimentos. Isso significa que não fazemos afirmações médicas, não nos passamos (e nunca nos passaremos) por homeopatas ou médicos licenciados no Reino Unido ou em qualquer outro lugar do mundo. Simplesmente “preparamos florais de acordo com as instruções originais do Dr. Edward Bach”. Caso você queira saber quais são essas instruções, sugiro que leia a obra Coletânea de Escritos de Edward Bach.

Saiba mais em: www.bacheducationalresource.org

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