Nossos amados animais, companheiros de jornada, são seres altamente conectados com a natureza e com a força do instinto. Por isso, se beneficiam muito dos tratamentos naturais, como a Aromaterapia. De um jeito sutil e amoroso, os óleos essenciais podem ajudá-los a superar uma série de desequilíbrios.

“A Aromaterapia é uma ferramenta de transformação, que utiliza os óleos essenciais para a saúde, em terapias diversas que proporcionam equilíbrio físico e energético em geral”, afirma a engenheira cosmética e aromaterapeuta Cristiane Pagliuchi da Silveira, sócia da WNF Óleos Essenciais.

A princípio, há três maneiras de conectar os óleos essenciais e os pets: através do ambiente, por contato na pele ou aplicando o óleo no pelo dos bichinhos. “No ambiente, a atuação será no animal e nos donos ou em pessoas que estejam no local. Por outro lado, quando aplicamos na pele ou no pelo do pet, a atuação mais forte será nele próprio, sendo que os donos se beneficiarão indiretamente”, diferencia Cristiane.

Cada tipo de animal precisa ser tratado à sua maneira

De antemão, para saber qual é a aplicação mais adequada, é importante diferenciar os animais de estimação de acordo com a forma pela qual interagimos com eles.

A aromaterapeuta explica que, no caso dos animais em que quase não há interação emocional e nenhuma interação física, como peixes, tartarugas de água, sapos, pererecas, salamandras, lagartos, jabutis, tarântulas, caranguejos, entre outros, não conseguimos acessá-los diretamente por meio dos óleos essenciais. “Nesses casos, a Aromaterapia deverá ser aplicada no dono, para que se harmonize o ambiente onde o pet reside, agindo de forma indireta nele”, orienta a especialista.

É importante saber que os sentimentos que afloram nesse tipo de pet são, na maior parte, originados de sua própria personalidade. “Porém, se o ambiente onde residem está de alguma forma desequilibrado, eles podem sentir e até sofrer consequências graves”, alerta Cristiane.

Por outro lado, os animais que interagem fisicamente com seus donos, como cães, gatos, cavalos, bem como hamsters, coelhos, furões, entre outros, podem ter seus sentimentos gravemente abalados em situações desequilibradas. 

“Um simples grito ou gesto de desarmonia pode gerar ansiedade, depressão e até isolamento, levando o pet a parar de comer, de se movimentar e até passar o tempo todo dormindo”, ela destaca.

Nesses casos, além de ser aplicada no ambiente, a Aromaterapia também pode ser empregada na pele ou no pelo do pet, ou seja, por ação direta.

É possível usar um único óleo essencial ou compor sinergias com mais de um tipo.  Por exemplo:  Se o animal está estressado, agitado e apresenta hábitos como coçar o corpo ou as patinhas, podendo até formar feridas externas, use somente a lavanda do tipo lavanda francesa. Porém, se a intenção é harmonizar o ambiente, tratando o animal e seus donos, utilize misturas, associando, por exemplo, o óleo de lavanda com laranja doce, camomila e até erva-doce. Importante: escolha sempre 3 óleos para misturar as 3 gotas no mesmo difusor.

Aprenda a aplicar os óleos essenciais em seu PET

Uso no ambiente

Utilize difusores de aromas. O mais comum é o difusor de cerâmica, que dispersa os óleos no ar através de lâmpada, vela, tomadinha elétrica ou ainda ultrassônicos.

Use a metade das dosagens dos humanos, ou seja, no máximo 3 gotas para até 3 horas, sempre associando os óleos com água, para não queimarem. 

Uso na pele ou no pelo

O uso direto na pele ou no pelo deve ser feito sempre com um carreador, que pode ser gel de aloe vera, creme neutro, bem como óleo vegetal ou soro fisiológico (para compressas em feridas externas).

Dosagem e frequência

Os protocolos são variados, dependendo do caso. Normalmente, indica-se para o ambiente no máximo 3 gotas por 3 horas no dia.  Usar por 3 dias seguidos e depois somente 3 vezes na semana por até 21 dias.

Na pele devemos prestar muita atenção, pois os animais são muito sensíveis.  Assim, recomenda-se usar as dosagens mais diluídas na proporção de ½ para cavalos e animais de grande porte, 1/3 para cães e animais de médio porte e ¼ para gatos e aves – esses últimos são os mais sensíveis.  Evite melaleuca e lavanda para os gatos, pois eles podem se intoxicar.

Duração do tratamento

Os animais são muito sensíveis e a Aromaterapia tem efeito imediato.  Portanto, utilize os óleos essenciais por no máximo 21 dias, sempre no formato de 3 dias seguidos e depois 3 vezes por semana até completar 21 dias.

A aromaterapia para questões corriqueiras dos PETs

Estresse: lavanda, camomila e erva-doce.

Feridas externas: melaleuca, lavanda e sangue de dragão.

Alergias: lavanda e sangue de dragão.

Problemas respiratórios: eucalipto e alecrim.

Imunologia: melaleuca e alecrim.

Moscas e mosquitos: citronela e alecrim.

Micoses e fungos: melaleuca, alecrim e tomilho.

Dores de ouvido e incômodos após banhos e tosas: melaleuca (nesse caso, pingar uma gota no algodão e colocar no ouvido do animal. Deixar por, no máximo, 2 horas).

Auxiliar nas passagens em direção à morte (no caso de animais com doenças que não terão cura ou em casos graves, para ajudar na aceitação e proporcionar uma morte mais tranquila): lavanda, cedro e junípero.

Nascimento dos PETS (auxilia na tranquilidade da mãe e dos bebês, trazendo amor e aconchego): lavanda, gerânio e óleo de cacau.

OBS: Todos os óleos acima podem ser usados separadamente ou em sinergias (misturas dos óleos com intenção de potencializar os efeitos terapêuticos).

Você pode ampliar o tratamento do seu bichinho combinando a Aromaterapia com os Florais de Bach. Saiba mais

Confira também o olhar do terapeuta floral e educador espanhol Enric Homedes sobre a relação dos animais com os Florais de Bach.

Engenheira cosmética pós-graduada e especialista em Aromaterapia para pessoas e PETs, Cristiane Pagliuchi da Silveira também tem formação em osmologia, psicoaromaterapia e linguagem do corpo.

Sócia da WNF Óleos Essenciais, é idealizadora da loja Aroma Stock Aromaterapia, que reúne o que há de melhor para o bem-estar e a saúde, com consciência e respeito por toda a cadeia produtiva.

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