A aromaterapia e os óleos essenciais: muito além de um cheirinho bom…
Você já se viu viajando para algum lugar da memória a partir de um cheiro que sentiu? Os aromas possuem a qualidade de ativar lembranças e resgatar memórias. Mas será que é só isso?
A reflexão começa por definirmos os termos que andam sempre de mãos dadas: aromaterapia e óleos essenciais.
Numa explicação simples, define-se aromaterapia como o conjunto de técnicas aplicadas com o propósito de usar os óleos essenciais para obter efeitos físicos ou emocionais. O termo foi cunhado na França, na década de 1920, para designar a prática terapêutica que utiliza os aromas no tratamento de doenças.
Os óleos essenciais, o “aroma” presente no termo aromaterapia, são componentes químicos aromáticos dos vegetais, encontrados em pequenas bolsas (glândulas secretoras) nas diferentes partes das plantas, para fins de proteção contra predadores e parasitas, crescimento, perda de água, regeneração e ainda de atração dos agentes polinizadores.
Esses componentes químicos representam um poderoso princípio ativo natural, com poder terapêutico.
Mas como isso se dá na prática?
No livro Técnicas de Aplicação de Óleos Essenciais, o autor Fernando Amaral, professor e osmólogo, explica que
“As sensações e os sentimentos de bem estar e de beleza são processados no cérebro humano, em uma área conhecida como sistema límbico, considerada a responsável por nossas emoções e sentimentos. O sistema límbico responde também pelo sentido do olfato, onde, sem barreiras, os óleos essenciais despertam sensações e memórias. O aroma dos óleos essenciais é capaz de evocar sensações positivas de relaxamento e equilíbrio, de nos motivar e nos energizar, e de buscar por lembranças que desencadeiam funções físicas, como a melhora da digestão, da circulação e da respiração.”
De mãos dadas
Assim, aromaterapia e óleos essenciais caminham sempre juntos. Mas, segundo Fernando:
“O universo dos óleos essenciais é maior do que o da aromaterapia, pois eles são princípios ativos amplamente utilizados pela indústria farmacêutica, de cosméticos, de perfumes, entre outras. O fato de os óleos essenciais constituírem um universo tão abrangente é positivo para a aromaterapia, pois todos esses setores estão constantemente se expandindo e desenvolvendo cada vez mais suas pesquisas e estudos sobre o tema.”
Ao mesmo tempo, não se pode limitar a aromaterapia apenas à função odorífera.
As técnicas de aplicação dos óleos essenciais vão desde tratamentos nos cabelos até nas unhas dos pés.
E para se caracterizar a aromaterapia, devem-se seguir alguns princípios:
- Só é aromaterapia aquela prática de saúde ou de beleza na qual se utiliza o óleo essencial como ativo principal da técnica
- A técnica não pode conter nenhuma outra substância que altere a característica natural da atividade do óleo essencial
- O resultado esperado deve ser a atividade da propriedade do óleo essencial.
Por fim, a aromaterapia se apoia em quatro pilares que permitem maior segurança e efetividade ao usar os óleos essenciais: dosar, misturar, diluir e aplicar.
Os óleos essenciais são grandes aliados da nossa saúde. E a aromaterapia reúne um conhecimento que potencializa o uso dessas gotas.
Se você ainda não experienciou o bem-estar provocado pelos óleos essenciais, da próxima vez que tiver uma insônia, experimente os efeitos de uma gotinha do óleo essencial de lavanda no travesseiro e torne-se mais um fã dessa terapia natural.