Uma nova forma de cura
Com a inserção das práticas complementares na saúde, a população passa a ter diferentes formas de se cuidar – agora, com foco no corpo e também na mente
As práticas integrativas e complementares em saúde (PICS), que visam dar assistência ao indivíduo na sua integralidade, são hoje um dos principais focos de atenção nos ambientes de saúde em diversos países, inclusive no Brasil. Enquanto a medicina tradicional ocidental tem o olhar voltado para a avaliação do corpo físico, acreditando ser ele o produtor das doenças, as PICS vão por outro caminho: corpo e mente são vistos como um conjunto
interligado, conectado, e não como partes isoladas. Os bons resultados alcançados pelos terapeutas complementares com seus clientes têm aumentado, cada vez mais, o interesse pela utilização de tais práticas.
Esse despertar é também estimulado por outros fatores, como o preço elevado da assistência médica privada, o alto custo dos medicamentos e o envelhecimento da população que pede mais cuidados na prevenção de doenças e na qualidade de vida do idoso. Entre essas práticas, a terapia floral é uma das que têm grande desenvolvimento no Brasil e no mundo.
Ela ganhou força a partir de 1928 quando o médico inglês Dr. Edward
Bach, na Inglaterra, sistematizou a criação e o uso das essências florais. Em 1983, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu-a como prática terapêutica.
As essências florais têm compostos vibracionais de diferentes flores que atuam nos estados emocionais, tanto dos homens como o dos animais e das plantas e, embora ainda não tenha seu mecanismo de ação elucidado, o seu uso não está limitado a uma determinada classe social ou região. Nas redes de saúde de São Paulo, por exemplo, muitas das PICS já estão sendo implementadas – fato que aumenta a divulgação e o interesse por elas por
parte da população.
Por isso, atualmente, é importante que a farmácia, como um estabelecimento de saúde, e o farmacêutico, como um profissional da área, estejam preparados para esse momento. Do ponto de vista do negócio, sem dúvida alguma, ter conhecimento e manter atualizada a equipe quanto às práticas integrativas e complementares é um diferencial competitivo. outro fator positivo que conta a favor dessas terapias é que elas não precisam ser utilizadas somente durante o tratamento. Pelo contrário, elas são indicadas, inclusive, como prevenção.
Nos dias de hoje, se faz urgente entender que os processos de saúde e doença não são cartesianos e o paciente que é avaliado por um profissional com visão holística ganha não só na cura mas também na promoção da saúde.
Marcia Gutierrez é farmacêutica homeopata e diretora
técnica, desde 1993, da Sensitiva, uma das mais bem
conceituadas farmácias de homeopatia de São Paulo. Fundada em 1987, ela tem duas unidades: uma
na Vila Mariana e outra na Vila Madalena
Contato: www.sensitiva.com.br
Ilustrações: Sandra Javera