Aprenda a cultivar amor por si mesmo
Como uma planta que precisa de água, adubo, sol para poder
germinar, crescer e florescer, a autoestima também precisa ser
cultivada. Nesta reportagem, veja como isso pode ser feito e como os florais são úteis nesse processo.
Você já parou para refletir: o que pensa sobre si mesmo? Você se admira, se aprecia? Consegue se perdoar pelos erros cometidos? Sente-se suficientemente bom ou imperfeito?
Sente-se digno de receber amor, de ser próspero ou acha que somente os outros são? Segundo a psicóloga e terapeuta floral Lilian Daisy, de Belo Horizonte, esse tipo de reflexão revela o nível da sua autoestima.
“A autoestima está relacionada à autoavaliação, ou seja, à opinião que temos sobre nós mesmos e não sobre o que o outro pensa sobre
nós.”
Porém a avaliação que o outro faz a nosso respeito é na maioria das vezes importante porque o sujeito cresce tirando conclusões sobre si a partir do que as outras pessoas (pais, professores, amigos…) disseram sobre ele. Dessa forma, está acostumado a pensar e olhar para si mesmo a partir do olhar do outro.
“É fundamental, portanto, que desde a infância os responsáveis elogiem os acertos e conquistas das crianças e jovens, ressaltando suas qualidades e singularidades, mostrando como cada pessoa é única. Deve-se evitar sempre as comparações. E estimular o humor e o autoperdão diante dos erros, nutrindo sempre a consciência de que ser humano significa também errar, pois somos eternos aprendizes”,
ensina Lilian.
Por isso, dialogar é importante para ajudá-los a lidar com as diversas emoções e pensamentos que surgem conforme vão se relacionando e tendo experiências.
O analista de sistemas Márcio Martins da Silva conta que a sua falta de autoestima começou a se revelar na infância e um dos motivos foi a pouca conversa entre ele e seus familiares.
“Não aceitava minha aparência, me achava magro e alto. Os colegas da escola me colocavam apelidos, o que me deixava irritado e triste. Como tenho vários irmãos e meus pais trabalhavam muito, não conseguia conversar com eles a respeito desse sentimento de inferioridade, me tornando uma criança tímida. Foi nessa época que comecei a me isolar dos colegas, já que o convívio me fazia mal.”
A autodesvalorização aprisiona
Márcio lembra também que os conceitos de seus pais sobre o que é certo e errado eram muito rígidos, o que acabou reforçando nele um comportamento de inflexibilidade. “Esse problema se estendeu para a adolescência e também para a fase adulta, se agravando à medida que o tempo passava. Não aceitava as brincadeiras dos amigos, tinha uma autodefesa exagerada.” A terapeuta diz que repetir o padrão de comportamento dos pais ocorre porque ele são o primeiro e mais importante espelho das crianças.
“Ou seja, elas irão se inspirar e copiar as atitudes dos pais ou responsáveis de acordo com o que veem, escutam ou aprendem com eles. Daí a importância de os pais também olharem sobre como é a sua autoestima.”
Sem consciência do seu real valor, com uma estrutura emocional instável, muito pessimismo, se sentindo constantemente despreparado para os desafios, com grande dificuldade nos relacionamentos familiar e profissional, com medo de expor suas ideias e ser reprovado e muito sensível às opiniões alheias, Márcio decidiu procurar a ajuda da terapeuta floral Lilian para aprender a ter autoestima.
O amor-próprio liberta
“Os florais e as conversas com Lilian foram e estão sendo essenciais para essa nova fase de minha vida. Estou conseguindo ser mais amigo de mim mesmo, e consequentemente mais feliz. Agora vejo perspectivas para o futuro, tendo consciência de que errar é uma forma de aprender. Sinto menos insegurança, o que faz com que tenha uma relação mais prazerosa com minha família e colegas de trabalho”, conta Márcio.
Lilian fala sobre algumas essências florais que ajudam a tratar os sintomas da falta de autoestima. “Crab Apple, por exemplo, ajuda a transformar as questões de autoaversão, autocensura, sentimento de vergonha da própria aparência. Já Pine é indicado para quem tem um rigor muito grande no
autojulgamento e acaba se condenando por qualquer motivo. E Gentian quando há a tendência de enxergar o lado negativo de qualquer situação, acreditando que tudo lhe sairá mal e que nada dará certo.”
Ainda de acordo com a terapeuta floral, a falta de autoestima pode também surgir ou se agravar em qualquer fase da vida, já que se trata de um exercício, de um estímulo que precisa ser feito diariamente.
“Esta é a boa notícia: a autoestima, ou seja, a opinião a respeito de si mesmo, o valor e carinho por si, o quanto uma pessoa se aprecia e se admira, pode realmente ser aprendida e desenvolvida.”
Para tanto, é preciso ter paciência para cultivar esse novo olhar por si mesmo, mais amoroso, paciente e bem-humorado. “Sempre lembro a meus pacientes a seguinte metáfora: todos nós temos um anjinho e um diabinho.
Sabe quem vencerá? Aquele que você alimentar. Vencerá aquele que você escutar e no qual focar a sua atenção. Vigie a mente! Para cada pensamento negativo a respeito de você, substitua por no mínimo três positivos. Afinal, você é uma pessoa única, especial e valiosa.”
Busque ajuda
Se passar do limite, a falta de autoestima cria sérios transtornos psíquicos e pede tratamento.
Normalmente, uma pessoa com falta de autoestima se sente inadequada, rejeitada, incapaz, insegura, culpada, é muito severa e crítica consigo mesma, supervaloriza seus defeitos e fica presa aos resultados negativos. A terapeuta floral Lilian Daisy avisa que quando esse sentimento de menos-valia é alimentado por muito tempo, pode-se desenvolver transtornos como depressão e síndrome do pânico. “Assim, fique atento e procure a ajuda de um profissional se perceber que essas características negativas estão muito afloradas, a ponto de você perceber o mundo e as pessoas como hostis, o que pode levá-lo a querer se isolar.”
Ilustrações: Sandra Javera
Contato: Lilian Daisy – Tel: (31) 99984-9255