Como Holly traz luz na escuridão
Esse foi o tema da palestra virtual feita por Julian Barnard, autoridade mundial em florais de Bach, produtor inglês destas e fundador e diretor da Healingherbs. Convidado por Luciana Chammas, diretora executiva da Healing , a palestrar sobre o tema, Barnard explicou como o floral Holly age nos momentos de raiva, entre outras questões que envolvem o assunto.
“Pare. Antes de você explodir, pare.” Julian Barnard explicou ser essa a informação principal que reverbera quando se toma o floral Holly. Ele mesmo teve essa sensação ao tomar a essência floral antes de começar a palestra.
“Quando ingerimos esse remédio, não estamos recebendo um antídoto que nos livraria da raiva e nos tornaria feliz. Na verdade, o que recebemos é a informação de calma.”
A raiva e a indignação
Barnard, além de ser um profundo conhecedor dos florais de Bach, é também um especialista em emoções, e explicou que a raiva em si, como uma resposta emocional, não é algo ruim e pode ser, sim, uma resposta nobre a algo que nos causa indignação. “Se vemos, por exemplo, algo totalmente injusto acontecendo do outro lado da rua, uma resposta de raiva indignada pode ser a melhor expressão do nosso amor pela vida”, esclareceu ele. Aos cerca de cem participantes da palestra, Barnard lembrou que Dr. Bach, quando descobriu os 19 Florais Complementares, os distinguiu como sendo as essências que se referem às respostas emocionais aos eventos traumáticos.
“E Holly é um desses 19. Sendo assim, a raiva não é integrante de nós, mas ela é, sim, uma reação emocional a algo que aconteceu conosco e nos causou raiva”, explicou ele. “Na verdade, não é que eu não tenha amor suficiente no meu coração. Mas algo aconteceu comigo e me fez sentir frustrado, magoado e reativo.”
O principal discípulo do Dr. Bach lembrou que o problema surge e pode se tornar uma patologia quando essas emoções se tornam permanentes, em vez de ser somente uma resposta a um episódio específico. “Em Os 12 Curadores, Dr. Bach diz sobre Holly: ‘para aqueles que são atacados por pensamentos de ciúmes, inveja, vingança ou suspeita’. Então, fica muito claro que a pessoa saiu do equilíbrio. E não é, na verdade, uma falta de equilíbrio porque a pessoa não tem amor o suficiente, mas é porque ela ficou presa num lugar do qual ela não consegue sair”, disse ele.
As virtudes que Holy esperta
Barnard prosseguiu lembrando o que o Dr. Bach dizia sobre o estado positivo de Holly: transmitir uma tolerância diante das vicissitudes da vida. “Dessa forma, o que virá a partir de Holly é uma melhor compreensão dos problemas da vida.” Segundo Barnard, quando uma pessoa entra no estado negativo do floral Holly, ela fica com algo internalizado dentro dela e passa a ruminar pensamentos sobre aquela experiência. “E por não suportar essas experiências e os sentimentos que isso traz a ela, a atitude que ela tem é de empurrar isso para fora, sob a forma de raiva e frustração, jogando esse conteúdo sobre outras pessoas. Ou seja, num estado negativo de Holly, a pessoa tem um problema e quer empurrá-lo para os outros.”
Para Julian, o floral Holly vem justamente neste momento dizendo ‘calma, respira um pouco, veja se há uma saída melhor’. Além disso, o produtor dos florais de Bach falou que encontrar uma saída melhor está ligado à importância de sermos criativos. “Na verdade, a criatividade é o melhor antídoto.
O Dr. Bach dizia que a gente tem que achar os nossos próprios caminhos para acessar a nossa criatividade. Se você acessar a sua criatividade, isso leva você a ter amor pela vida.”
E quando se observa a planta…
Barnard explicou que a raiz da árvore de Holly não é muito bem enraizada no solo, como a de Oak, por exemplo. “Por isso, é importante plantar várias árvores de Holly juntas, pois umas sustentam as outras. Esse processo de cooperação é absolutamente essencial porque a raiz é fraca. Se eu sou uma pessoa muito raivosa e tento fazer as outras pessoas cooperarem comigo, elas não vão querer fazer isso de boa vontade. Não é a raiva que faz com que as pessoas cooperem, é o amor.”
Sobre o amor, o palestrante explicou que outra forma de amor na árvore de Holly está expressa em suas folhas.
“As folhas que recebem luz banham as outras que estão na sombra, refletindo sua luz sobre ela. Portanto, a informação que está na árvore da Holly é luz.”
Ao falar sobre isso, Barnard lembrou do mito da caverna, do filósofo grego, Platão. “Platão dizia que a maioria de nós está vivendo no fundo de uma caverna, no escuro. Isso é o resultado de estarmos vendo só o lado material, físico da vida. E ele diz que nós precisamos acordar e nos virarmos para a luz e nos movermos em direção à luz.”
Para esse movimento acontecer, Barnard lembrou da filosofia budista que fala sobre a raiva. “O mais importante é percebermos, termos consciência dessa raiva, pois quando estamos na ignorância não há nada que se possa fazer.” E uma das grandes importâncias de Holly reside aí.
“Quando o problema está internalizado, empurrado para dentro, a gente não tem um caminho para lidar com ele. Então, o que o floral faz é: ele nos permite dar uma parada, reconsiderar, antes de sermos inundados pela emoção tóxica e tudo isso leva ao despertar a vida da consciência.”
Ou seja, é como Holly traz luz na escuridão.