A Síndrome do Ninho Vazio é um período da vida caracterizado por sentimentos de solidão, tristeza e perda que os pais podem experimentar quando ‘as crianças’ resolvem viver de forma independente.

Costumamos dizer que criamos os filhos para o mundo, certo? Sim, mas na prática, não é tão fácil. Quando, de repente, a casa fica silenciosa, os quartos desocupados e a mesa com pratos a menos é natural o estranhamento. Em algum momento da vida, os filhos batem as asas e a sensação de vazio invade os cuidadores.

Um sentimento que não é universal

Ainda que a partida dos filhos seja natural, nem sempre estamos preparados para esse acontecimento. No entanto, algumas variáveis, como as questões culturais, podem provocar reações diferentes quando acontece a independência da prole.

Uma revisão da literatura intitulada Revisitando o conceito de síndrome do ninho vazio chegou a conclusões bem interessantes em relação ao tema:

1. “A Síndrome do Ninho Vazio (SNV) parece estar ligada à cultura, ou seja, em países onde as pessoas estão acostumadas e preparadas para se separarem dos filhos, a síndrome parece não trazer grandes mudanças ou conflitos. Contudo, em culturas em que as pessoas (principalmente as mulheres) se dedicam exclusivamente à criação dos filhos, observou-se que ainda existe sofrimento e sentimento de solidão, que podem estar associados ao desenvolvimento de quadros depressivos e alcoolismo.”
2. “Conclui-se, também, que mães que trabalham fora de casa não estão “vacinadas” contra a SNV; sua eclosão depende da relação estabelecida com os filhos e sua realização como mãe e profissional.”
3. “Além disso, pessoas no período da SNV se deparam com outras mudanças em seu ciclo vital, ou seja, além de os filhos deixarem a casa, pais e mães frequentemente enfrentam a aposentadoria e as mulheres se encontram no início da menopausa, o que pode agravar sentimentos de depressão e baixa autoestima. Atualmente, ainda observa-se que homens também passaram a sofrer com a saída dos filhos de casa, diferentemente do que costumava ocorrer até o século passado.” ¹

Preenchendo o vazio

Se por um lado existe um sentimento de vazio existencial, podemos, no entanto, encarar esse período de ajuste emocional com outra disposição. Por exemplo: encontrar novos propósitos e abraçar oportunidades que se apresentam à medida que lidamos com a transição para uma nova fase da vida.

Antes de mais nada, é importante manter-se ocupado com atividades prazerosas, ao mesmo tempo em que se explora novos interesses. Por exemplo:

• Que tal estudar sobre um tema que sempre se quis, mas nunca teve tempo;
• Ou dedicar-se a alguma atividade artística ou algo que promova o relaxamento e o prazer;
• Viajar (sem preocupações!) e conhecer novos lugares também parece ser uma excelente pedida: o mundo está repleto de lugares esperando pela sua visita;
• E já que não é mais necessário cuidar dos filhos, engajar-se em trabalhos voluntários é uma maneira de devolver à sociedade o que recebemos até aqui. Além disso, essa proposta abre caminhos para novas amizades.

Manter uma atitude otimista e aberta para o futuro pode ajudar a tornar essa travessia mais suave e gratificante.

Os florais de Bach e a Síndrome do Ninho Vazio

Os florais de Bach podem ajudar, e muito, nesse momento da vida, uma vez que emoções como carência, saudades e apatia inundam a alma. Abaixo, uma lista de estados emocionais que são comuns e as essências de Bach que lidam com esses sentimentos:

• Saudades e nostalgia: saudades da casa cheia, ou de quando os filhos eram pequenos e estavam embaixo das asas? O floral de Bach Honeysuckle auxilia nesses tempos de nostalgia e conexão com o passado, trazendo a consciência para o presente, o único momento que realmente existe.
• Precisando de um consolo: o floral de Bach Star of Bethlehem representa aquele colo para o processo de cura emocional após uma perda ou um trauma.
• Para a adaptação: a partir de agora os filhos diminuem a sua dependência em relação aos genitores e buscam se colocar no mundo de maneira autônoma. Nesse caso, o floral de Bach Walnut preserva a integridade e promove o ajuste a essa nova fase da vida. Pais e filhos podem se beneficiar (e muito!) dessa essência.
• Se a apatia se instalar: o floral de Bach Wild Rose resgata o prazer, o entusiasmo e o interesse pela aventura da existência, combatendo o desânimo, a apatia e a indiferença.
• Quando a angústia é muito profunda: o floral de Bach Sweet Chestnut auxilia no resgate da paz e da serenidade, quando a dor da alma é muito profunda e tem-se a sensação de que não há mais forças ou vontade para continuar.
• Para a carência: se a ausência dos filhos em casa causa um sentimento de solidão provocado pela dificuldade do desapego, o floral de Bach Chicory nos faz lembrar que podemos amar incondicionalmente e deixar livres aqueles de quem tanto gostamos.
• O receio pela segurança dos filhos: medo de que os filhos não consigam se virar sozinhos, de que eles não saibam se defender dos perigos do mundo… A essência floral Red Chestnut desperta a confiança de que cada um sabe se proteger e se manter em segurança. Afinal, pensamentos como esses acabam gerando impacto negativo naqueles que queremos proteger.

Dicas:

• Muitas vezes, mais de um floral é indicado. Nesse caso, procure não misturar mais de seis essências na fórmula.
• Os florais de Bach não são medicamentos e você pode usá-los com outras formas de tratamento. Se estiver em tratamento com outro profissional da saúde, lembre-se de discutir com ele o uso das essências.
• Você pode tomar as gotas num copo com água, na comida ou no suco. Se preferir, prepare um spray de ambiente com algumas gotas de floral e adicione óleos essenciais que despertem a alegria. Nesse caso, o óleo essencial de bergamota pode ser uma boa pedida.
• Se quiser saber como preparar e tomar os florais de Bach, clique aqui.
• Você também pode escolher as essências e mandar prepará-las em uma farmácia de sua confiança. Se precisa de recomendações de farmácias que manipulam os florais, entre em contato pelo WhatsApp da Healing
• Mas se tiver dificuldades para reconhecer seus sentimentos, procure a ajuda de um terapeuta floral.

Por fim, se tiver dúvidas sobre os florais de Bach, baixe gratuitamente o ebook “As 15 Dúvidas Clássicas sobre os Florais de Bach”.

1. Sartori, A. C. R., & Zilberman, M. L.. (2009). Revisitando o conceito de síndrome do ninho vazio. Archives of Clinical Psychiatry (são Paulo), 36(3), 112–121. https://doi.org/10.1590/S0101-60832009000300005 ↩︎