Pesquisa aponta que o Five Flower ameniza a dor do parto

Sonia Lara, enfermeira obstetra e autora da tese de doutorado que investigou a ação do composto emergencial do Dr. Bach no trabalho de parto, assegura que ele reduz a ansiedade e o estresse e alivia a dor das parturientes.

Ao longo de sua trajetória profissional como enfermeira obstetra, Sonia Lara testemunhou inúmeras vezes a mesma cena: mulheres amedrontadas pela dor do trabalho de parto e desacreditadas de sua capacidade de parir sem uma assistência intervencionista.

Convicta de que as gestantes podem ser protagonistas de seus partos e de que as Terapias Integrativas e Complementares podem amenizar a dor, além de trazer suporte emocional para as parturientes, Sonia se dedicou a uma ampla pesquisa envolvendo o uso do Five Flower no trabalho de parto. Esta essência floral foi escolhida justamente porque sua principal função é o resgate do equilíbrio físico e emocional. Conheça mais sobre o Five Flower.

A seguir, Sonia comenta os achados inéditos da sua tese de doutorado recém- apresentada à Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), com o título: Essências Florais: Efeitos no Alívio da Dor, Ansiedade, Parâmetros Clínicos e Neuroendócrinos do Estresse no Trabalho de Parto.

1. Como surgiu seu interesse por se aprofundar na relação entre os Florais de Bach e o alívio da dor no trabalho de parto?

Durante minha trajetória profissional, pude observar que a dor do trabalho de parto é uma experiência comum à quase toda população feminina, sendo há décadas temida.  Desta forma, o medo é levado para a sala de parto gerando estresse e dificultando o processo de nascimento, comprometendo muitas vezes, a saúde do recém-nascido.

Paralelamente a este cenário, durante 10 anos tive a oportunidade de atuar como terapeuta floral em um ambulatório hospitalar, prestando assistência a funcionários da instituição com o objetivo de promover o equilíbrio psíquico e espiritual, favorecendo o equilíbrio biológico.  As pessoas procuravam a Terapia Floral para tratar diversas emoções, porém observei que os indivíduos que buscavam este tipo de terapia para tratar seus medos geralmente chegavam com queixa de estresse, ansiedade e descontrole na primeira consulta. E, durante o tratamento, chegávamos à emoção principal que era o medo gerador desta tríade.

Ao utilizar as essências florais, estes indivíduos se tornavam protagonistas de sua própria história. Não era seu medo que diminuía, mas sim sua coragem que aumentava, trazendo segurança e paz interior e a possibilidade de contar com sua capacidade para solucionar os problemas.

Desta forma, ao observar os benefícios da terapia floral e a escassez de estudos científicos, especialmente na área obstétrica, resolvi realizar uma pesquisa clínica para trazer subsídios que fortaleçam o conhecimento acerca do uso de práticas integrativas e complementares para o alívio da dor no trabalho de parto, favorecendo sua utilização por parte das mulheres ou indicação das equipes que assistem as parturientes, oportunizando cuidado respeitoso e seguro, vindo ao encontro de ações humanizadas no processo de nascimento.

2. Quais as vantagens de se usar recursos terapêuticos não farmacológicos durante o trabalho de parto?

A utilização de recursos não farmacológicos para alívio da dor durante o trabalho de parto busca resgatar o caráter fisiológico do processo de parturição e, embora seja amplamente recomendada a sua utilização no cenário da assistência obstétrica, não se faz rotineiro em grande parte dos serviços. Fato explicado, talvez, em decorrência do desconhecimento de tais recursos e dos seus benefícios, tanto por parte dos profissionais quanto por parte das parturientes

3. Pode explicar por que, dentre tantos florais, escolheu o Five Flower como objeto de estudo dentro desse contexto?

Entendendo a tríade que acompanha o trabalho de parto, “medo-tensão-dor”, e ações conhecidas com o uso do floral Five Flower, também conhecido como ‘Rescue’, há pertinência em seu uso por parturientes por ser considerado como uma combinação de “resgate do equilíbrio emocional” em decorrência de sua notável capacidade de lidar com situações de emergência, de crise e estresse. Situação esta vivenciada pela parturiente na fase ativa do trabalho de parto.

4. De que forma o Five Flower foi ministrado nas mulheres estudadas: em que período, em qual quantidade, com qual frequência?

Após randomização, no trabalho de parto estabelecido, foram administradas 4 gotas do frasco stock em 20ml de água a cada 15 minutos, durante 60 minutos, totalizando 16 gotas de essência stock em 80 ml de água.  

5. Como se deu a avaliação dos efeitos das essências florais?

Foi realizada a avaliação da intensidade da dor e da ansiedade por meio de parâmetros clínicos e obstétricos e da coleta de saliva para dosagem dos hormônios Cortisol e β-endorfina. Esta avaliação foi realizada antes do início da intervenção e trinta minutos após a administração da última dose da terapia, seja no grupo experimental ou no grupo controle.

6. Quais os resultados encontrados neste estudo que estão diretamente ligados ao uso do Five Flower pelas parturientes?

A análise dos resultados mostrou a ação positiva da Essência Floral Five Flower diante dos fatores que potencializam a dor no trabalho de parto. Ela proporcionou equilíbrio emocional às parturientes levando a constância na média da contração, independente dos fatores que potencializam o trabalho de parto, qualificando o desfecho do mesmo.

Ao avaliarmos os aspectos neuroendócrinos, observou-se que a Essência Floral Five Flower proporcionou sensação de bem-estar e diminuição da dor, representada pelo aumento da β Endorfina e a diminuição da frequência da contração, em um grupo onde a grande maioria das parturientes possuía fatores que potencializavam o trabalho de parto. O cortisol, por sua vez, manteve média constante nos níveis séricos em seu aumento, para todo o grupo, independente dos fatores que potencializam o trabalho de parto.

A Essência Floral Five Flower proporcionou às parturientes relaxamento por meio do controle da ansiedade e o enfrentamento do medo, refletindo positivamente na brevidade do trabalho de parto. Conclui-se que ela foi efetiva na diminuição da ansiedade, do estresse e controle da dor, podendo ser utilizada como método não farmacológico de alívio da dor no trabalho de parto

7. As terapias integrativas e complementares contribuem para aumentar não só o conforto físico e emocional das parturientes, como também a confiança na natureza agindo em seus corpos?

Sim, as terapias integrativas e complementares são denominadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como Medicina Tradicional e compreendem um grupo de práticas de atenção à saúde não alopáticas. Estas terapias procuram atender ao indivíduo de forma holística, trazendo um equilíbrio entre o corpo e a mente, elevando sua consciência e oferecendo mecanismos de cura (enfrentamento).

8. Nos últimos anos no Brasil houve um resgate dos partos naturais e normais, que oferecem menos riscos à saúde materna e fetal. A que você atribui essa mudança?

Aos índices alarmantes de Parto Cesárea no Brasil, levando riscos ao binômio mãe e filho.

9. O medo da dor é o principal fator que leva uma gestante a optar pela cesariana ou há outros fatores cruciais? 

Sim, a falta de informação sobre os benefícios do parto normal e preparo desta mulher durante o processo gestatório.

10. Em que medida o medo intenso vivido pelas mulheres em trabalho de parto influencia a experiência da dor e o próprio desenrolar do parto?

O obstetra inglês Grantly Dick-Read publicou, em 1942, o livro Childbirth Without Fear, que se tornou conhecido mundialmente por afirmar como o medo intenso vivido pelas mulheres em trabalho de parto influenciava a forte experiência de dor. Seus esclarecimentos sobre a vivência do ciclo medo – tensão – dor, presente na cena dos partos, contribuem até hoje para realizações de intervenções desta tríade, qualificando assim a assistência no trabalho de parto.

11. O que você gostaria de dizer às mulheres que sentem esse receio?

Tenham confiança em sua capacidade de gestar e parir, mas mantenham uma porta aberta para a necessidade de uma intervenção. Durante o período de gestação, procurem conhecer os benefícios do parto normal e como lidar com a dor do parto.

Peça ao seu pré-natalista que apresente os métodos não farmacológicos para o alivio da dor durante o trabalho de parto, para que você possa ter uma escolha durante o processo de nascimento, fazendo-a encarar os desafios que se apresentam de uma maneira mais leve, com maior compreensão e com a certeza de que é capaz de lidar com eles.

12. Tendo auxiliado tantos nascimentos ao longo da sua carreira, como você compreende a experiência do parto na vida das mulheres e dos bebês?

Hoje a mulher busca ser protagonista de seu parto, porém a falta de informação e o medo da dor dificultam este protagonismo, levando muitas mulheres a não acreditarem que são capazes de parir. Este sentimento de incapacidade impede que elas vivenciem a experiência única que é o nascer! “Mude o nascimento para mudar a humanidade”, já dizia o mestre Michel Odent, médico obstetra francês, a maior referência viva de estudo e produção científica relacionados a fisiologia do parto, protagonismo feminino e consequências da forma como nascemos na saúde adulta.

Sonia Lara

Graduação em Enfermagem pela Universidade Cidade de São Paulo (1986), Pós-Graduação em Enfermagem Obstétrica e Ginecológica (1987), Especialista em Essências Florais: Intervenção Vibracional na Saúde pela Universidade de São Paulo (2000). Aperfeiçoamento em Didática do Ensino Superior pela Universidade Mackenzie, Mestrado em Engenharia Biomédica pela Universidade do Vale do Paraíba (2003). Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2020).

Atualmente, é Coordenadora do curso de Especialização de Enfermagem Obstétrica e Ginecológica do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein-IIEPAE e Membro e 2° Secretária do Grupo de Pesquisa em Enfermagem Obstétrica CENFOBS – UNIFESP.

Acesse a pesquisa completa no link: Efeitos-da-TF-no-trabalho-de-parto-artigo

Veja também como a psicóloga clínica e terapeuta floral, Lilian Daisy, compreende a ação do Five Flower.

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