O que são as práticas integrativas e complementares?
Conhecidas como PICS – práticas integrativas e complementares em saúde, elas representam abordagens e recursos que trabalham na prevenção de doenças e na recuperação da saúde.
O uso dessas práticas, que não substituem a medicinal convencional, vem aumentando em todo o nundo, mesmo nos países mais desenvolvidos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) denomina essas terapias como Medicina Tradicional e Complementar.
Segundo o documento Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde do Ministério da Saúde:
“Tais sistemas e recursos envolvem abordagens que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade.”
Outra característica importante dessas abordagens terapêuticas é que a pessoa é analisada e avaliada nas suas diferentes dimensões: físico, emocional e mental. O olhar é ampliado, o que facilita uma atuação alinhada à prevenção de doenças e à promoção da saúde. Além disso, quando necessário, elas colaboram no alívio de sintomas e no tratamento de enfermidades.
As PICS também compartilham uma postura que estimula o autocuidado, o que significa que cada pessoa se torna um protagonista na sua busca pelo bem estar.
Segundo documento do Ministério da Saúde:
“No Brasil, a legitimação e a institucionalização dessas abordagens de atenção à saúde se iniciaram a partir da década de 1980, principalmente, após a criação do Sistema único de Saúde. Com a descentralização e a participação popular, os estados e os municípios ganharam maior autonomia na definição de suas políticas e ações em saúde, vindo a implantar as experiências pioneiras.”
Ainda que não existam muitas pesquisas na área, os estudos têm mostrado os benefícios do tratamento integrado entre a medicina convencional e as práticas integrativas e complementares.
O Brasil é referência mundial na área de práticas integrativas e complementares.
Atualmente, são 29 as práticas contempladas no Plano Nacional de Práticas Integrativas e Complementares.
Homeopatia, Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura, Ayurveda, Medicina Antroposófica, Naturopatia, Plantas Medicinais e Fitoterapia, Termalismo Social/Crenoterapia, Reiki, Yoga, Arteterapia, Biodança, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa, Apiterapia, Aromaterapia, Bioenergética, Constelação familiar, Cromoterapia, Geoterapia, Hipnoterapia, Imposição de mãos, Ozonioterapia e Terapia de Florais.
Juntas, essas duas linhas de cuidados podem oferecer recursos que se complementam de maneira harmônica e benéfica, aliviando o sofrimento e promovendo a saúde.