A expansão da terapia floral em terras paraenses
Considerado um dos mais lindos pontos turísticos do Brasil, Alter do Chão, PA, foi sede de mais um curso sobre florais de Bach, promovido pelo Projeto Beth Bruno
Compenetrados e curiosos, uma turma de cerca de 25 pessoas, de nacionalidade brasileira, latino-americana e europeia, assimilava cada gota do saber da missionária Marialva Oliveira da Costa. Coordenadora do Projeto Beth Bruno (PBB), que forma agentes de saúde nas terapias integrativas e complementares, ela tinha sido convidada por eles a ir até Alter do Chão, PA, onde vivem, para ministrar o curso sobre os florais de Bach. Experiente, Marialva que já esteve nas mais diversas regiões do país formando agentes de saúde, ficou encantada com a postura dos participantes.
“São pessoas muito simples, receptivas e de coração aberto. Sobre cada floral, eles refletiam bastante. São muito profundos.”
A boa impressão da coordenadora foi também a que os alunos tiveram. A argentina Patricia Oliva, artesã que mora com o filho em Alter do Chão, diz que o que a mais tocou no curso foi a doação de Marialva. “A sua entrega, trazendo este presente tão abençoado para nossas vidas, nos permite seguir expandindo através do trabalho social”, diz ela.
Patricia, que já tinha tomado os florais de Bach em momentos importantes da sua vida, percebeu o quão importante é também a filosofia deixada pelo médico inglês. “Ela nos leva a observar a nossa condição mental e emocional, trazendo consciência para as emoções e, com isso, é possível transmutar e curar. Além da compreensão de que as doenças físicas provêm da desarmonia dos corpos mais sutis. É uma grande ferramenta para a compreensão da natureza humana”, avalia.
Para transmitir todo esse conteúdo, Marialva dividiu o encontro em duas etapas: de 22 a 24 de fevereiro, ensinou Os Doze Curadores e Os Sete Auxiliares. E de 8 a 10 de março, Os Dezenove Florais Complementares. Na primeira parte, a coordenadora do PBB esteve acompanhada de Luciene dos Santos, que cuida do viveiro de plantas do Grupo Conquista de Ervas Medicinais, o GCEM, em Santarém, PA, onde a turma de Alter do Chão teve contato com o Projeto e pediu que o curso fosse dado lá. E, na segunda, pela Regina Bento da Cruz.
“Foi interessante a forma como o curso aconteceu, dentro da dinâmica de compartilhamento. Eu entrei assessorando, outras pessoas doaram o espaço, outras contribuíram com a alimentação. Os florais estão chegando a lugares que ninguém levaria se não fosse o Projeto Beth Bruno”, explica Marialva.
“E esse era o desejo de Bach: que os florais chegassem nos mais longínquos lugares, para que todas as pessoas pudessem ter acesso a eles e, com esse grupo, eu senti isso.
Elizete Jardim da Costa, paraense de Portel, na região da Ilha de Marajó, educadora ambiental, servidora pública, técnica administrativa, que trabalha no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), fala sobre a importância do curso em um lugar considerado o Caribe da Amazônia, com uma das praias de rio mais bonitas do Brasil, mas tão ignorado pelo governo.
“Só tenho a agradecer pela linda iniciativa desse Projeto de levar o conhecimento a muitas pessoas que estão aqui na Amazônia e que muitas vezes são esquecidas pelo poder público.”
Elizete, que teve contato com os florais em 2017, por meio de uma terapeuta, está entusiasmada para continuar estudando. “Quero praticar primeiro com a minha família para poder, mais tarde, atender outras pessoas. Esse curso me despertou ainda mais sobre minha missão aqui na Terra, sobre o amor e sobre a importância do autoconhecimento.” Todos eles, pilares do Projeto Beth Bruno.