GCEM investe em cursos e formações
Com um espaço apropriado para o estudo das mais diversas terapias, os agentes de saúde do Projeto Beth Bruno, que cuidam do GCEM, ampliam suas ações para fomentar novos cursos para os participantes do Projeto e para aderir novos membros da comunidade.
O Grupo Conquista de Ervas Medicinais (GCEM), em Santarém, sempre foi referência na cidade e região por ser um espaço voltado ao tratamento da saúde de forma natural. No seu canteiro, há cerca de cem espécies de ervas medicinais que atendem a população e também os estudantes de Farmácia, da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), e de Enfermagem, da Universidade Estadual do Pará (UEPA), para suas pesquisas científicas. Além disso, os agentes de saúde do Projeto Beth Bruno (PBB), do Instituto Healing, que trabalham no GCEM, oferecem também atendimentos, como a terapia floral, a fitoterapia e o reiki, que contemplam as questões psíquicas e emocionais.
Agora, o lugar cresceu ainda mais. Após a reforma realizada há cerca de um ano e meio, foi criada uma área para a realização de cursos e formações que anda a todo vapor. “A ideia é movimentar a escola de formação do Projeto Beth Bruno”, explica Lenice Silva, terapeuta floral, pedagoga, especialista em psicopedagogia clínica e institucional e em gestão escolar e uma das agentes do Projeto. Tem dado certo! Eventos importantes já aconteceram no primeiro semestre deste ano.
“O primeiro, foi a palestra seguida de atendimentos realizados pela terapeuta e consteladora sistêmica, Márcia Isabel Heinehr, do Paraná. O segundo, foi a oficina de remédios caseiros fabricados com as ervas produzidas no GCEM. Esse evento foi ministrado pelo Frei Amarildo, coordenador da Pastoral Indígena da Diocese. E o terceiro, foi a realização da I Mostra e Feira de Plantas Medicinais e Terapias Naturais, que contou com a participação da comunidade do entorno”, conta Lenice.
Além disso, Irmã Marialva, coordenadora do Projeto, durante os atendimentos que realiza no GCEM, tem trabalhado a formação em Biomagnestismo. “Também fizemos oficinas para o preparo de xaropes caseiros, sabonetes terapêuticos e fabricação de sabão artesanal. E continuamos com os planejamentos, reuniões, estudos e atendimentos à comunidade”, diz a agente.
Segundo Lenice, as formações são oferecidas aos agentes que já participam do PBB e também para a preparação de novos membros. “Temos também a intenção de trabalhar com palestras e algumas oficinas com as pessoas da comunidade, do entorno do GCEM, incluindo um trabalho com os jovens.” Para o segundo semestre deste ano, a agenda está cheia. Nos dias 3, 4 e 5 de agosto será realizado o segundo módulo do curso de homeopatia. Em setembro, nos dias 28, 29 e 30, o primeiro módulo do curso de florais de Bach. E em outubro, nos dias 26, 27 e 28, o nível I do curso de Reiki.
“Em 2019, teremos uma programação para dar continuidade aos cursos oferecidos este ano. Em janeiro do próximo ano, iniciaremos com o curso de Consteladores Sistêmicos, que terá diversos módulos”, avisa Lenice.
Toda essa movimentação que vem sendo feita pelos agentes de saúde do GCEM é fruto de muito empenho na organização e divulgação dos trabalhos. “Após o recente encontro Cuidando dos Cuidadores, nosso grupo vem refletindo e realizando estudos no sentido de ampliar os conhecimentos já oferecidos, bem como discutindo as estratégias de trabalho. Unido a isso, continuamos com os atendimentos às pessoas da comunidade que buscam um tratamento natural para suas dores, principalmente a escuta. E o público está aumentando gradativamente”, esclarece ela.
Outra importante ação de divulgação tem sido feita com os grupos acadêmicos. De acordo com Lenice, atualmente eles procuram o GCEM também para saber mais sobre as terapias oferecidas. “A Luciene tem, inclusive, se deslocado até às universidades para ministrar palestras aos universitários”, diz ela sobre Luciene Santos, também agente de saúde do PBB e uma das principais cuidadoras do GCEM.
A importância do trabalho que vem sendo realizado com tanto carinho e responsabilidade no GCEM revela, entre outros fatores, a importância da formação, do estudo e do apropriamento da terapia que vem sendo estudada. “Quando falamos em formação, nos reportamos à melhoria da qualidade de vida das pessoas e da valorização do ser humano. Valorizar no sentido de dar condições para que os terapeutas tenham o conhecimento teórico e prático necessários à realização de um excelente atendimento. Não podemos ficar parados. É necessário reciclar, renovar para acompanhar a evolução da sociedade e para alinhar cada vez mais o nosso trabalho às necessidades das pessoas. Portanto, no âmbito da formação estão inclusos os objetivos: escutar, atender, ensinar, aprender, apreender, relacionar, valorizar, renovar e motivar”, explica Luciene.
“Todos os agentes e/ou terapeutas e a comunidade devem estar prontos. Em vista disso, a importância dos cursos, oficinas e palestras, realizados no GCEM, têm dado um salto de qualidade no trabalho dos terapeutas. Sem a formação, o trabalho não seria eficiente, pois as pessoas mudam, novas doenças surgem. E para isso, necessitamos estar preparados e a formação nos dá essa garantia”, conclui a agente de saúde do PBB.