A Beleza da Tolerância: Como o Floral Beech nos Ajuda a Enxergar a Diversidade

Em busca do caminho do meio num mundo polarizado…

A beleza da tolerância e o floral Beech

Em um mundo repleto de críticas e intolerância, onde a beleza parece muitas vezes ofuscada por opiniões negativas e divisões, é essencial buscar uma nova perspectiva que nos permita enxergar além das imperfeições. O Floral Beech, descrito por Bach como um remédio para aqueles que lutam para encontrar beleza e compreensão na diversidade do mundo ao seu redor, nos convida a cultivar uma atitude mais generosa e tolerante. O estado atual da sociedade reflete a necessidade urgente de um olhar renovado, que valorize as diferenças e promova a aceitação, permitindo que a luz da beleza penetre mesmo nas sombras da crítica.

Ainda que escondida por cinzas
Que dentro de mim sempre cresça
Olhar que enxergue beleza

Sobre o Floral Beech, Bach escreveu que é para aqueles que têm necessidade de ver mais beleza em tudo que os circunda e, mesmo no que lhes parece errado, ter habilidade de verem o bem crescendo internamente. Assim, tornarem-se aptos para ser mais tolerantes, lenientes e entenderem as diferenças individuais uma vez que todas as coisas estão trabalhando para a perfeição final.

No tempo em que vivemos todos se arvoram em defensores das diversidades. Poderíamos pensar que vivemos em uma época de tolerância e leniência. Tal não acontece, proliferam os críticos, pois todo mundo entende de tudo e, se entendo de tudo, obviamente o outro não entende nada. A rede social que nos expõe deveria ser um veículo de informações positivas, mas está eivada de opiniões desagradáveis, críticas exacerbadas, quando não deletérias e ferinas. Se não penso como você, se exprimo minha opinião, posso ser excluído de sua vida. Se penso diferentemente de você não mereço ser ouvido. Não há beleza em mim, não há beleza em nada do que faço.

Esse mundo que se apresenta agora aos nossos olhos e ouvidos perplexos, é um mundo Beech em suas qualidades sem equilíbrio. Um mundo em que a intolerância é pedra de toque. As pessoas nesse estado criticam o tempo todo, têm necessidade de suprimir a liberdade de expressão de outras pessoas. Sempre há o que deve ser corrigido (nos outros). Não, eles não observam a beleza, embora digam fazê-lo, pois quando observam algo que têm certeza de que seja o correto e que pode até ser belo, estão ao mesmo tempo fazendo comparações com o que há de errado no outro e que por conseguinte não é belo.

Julian Barnard em seu livro Forma e Função aponta que o Floral Beech não é um floral de tipologia de alma, mas uma condição que se desenvolve através do tempo. Talvez estas pessoas tenham sido muito criticadas, talvez não tenham recebido da vida o que desejaram. O certo é que sofrem de um sentimento de inferioridade. E projetam isso nos outros.

Atualmente, com a facilidade de comunicação das redes sociais, notamos o afloramento exarcerbado deste comportamento, talvez porque o abrir da caixa de Pandora seja um hábito que se valida, sem que nos atentemos para os males que disso decorre.

O que precisamos é de um olhar novo. Não se trata de deixar de ver as imperfeições, as próprias inclusive, mas de modificar o que precisa ser modificado, quando possível, respeitando o outro em sua diversidade, verdadeiramente. Não se trata de ser omisso e sim menos superficial.

As árvores Beech invadem os bosques e criam uma obscuridade que impede que outras árvores ocupem aquele espaço, mas apesar disso a luz penetra por entre suas copas. Dizem que nos bosques Beech há o silêncio das catedrais. Ali no silêncio nos sentimos em paz – assinatura do Criador. A árvore ali à disposição para que possamos usufruir de seus poderes curadores.

Talvez possamos no silêncio usufruir dessa luz que penetra nos bosques, independentemente da escuridão, bela como só a natureza sabe ser.

Por Mariza Ruiz

Mariza Ruiz é escritora, contoterapeuta e terapeuta floral.

É também autora do do livro Florais de Bach: da teoria à prática.

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